Um “short” no BPI fora da caixa

Decidi abrir hoje uma posição curta no BPI (a 1,019€, com stop nos 1,062€), ligeiramente fora das regras do sistema (ou nem por isso…).

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Os motivos são os seguintes:

  • A dada altura não tínhamos aberto mais posições curtas na carteira porque estava esgotado o número máximo de posições (duas) que era permitido pelas novas regras. Por este facto, posições curtas no BPI, CTT, Jerónimo Martins, entre outras, não chegaram a entrar em carteira. Mas entretanto fechamos a posição curta na Sonae SGPS, e ficamos apenas com a posição curta no BCP, com disponibilidade para acrescentar mais uma posição.
  • Apesar da recuperação dos últimos dias, os índices continuam por diversos critérios em bear market. Quanto mais não seja o PSI20, S&P500, Dax30, Ibex35, etc. estão todos bem abaixo da média móvel de 200 dias, e sem grandes perspectivas de inverterem a situação a breve trecho.
  • Hoje pareceu-me ter havido sinais de que o rally destes últimos dias se estava a esgotar: em vários gráficos surgiram velas negras ou dojis tipo “martelo invertido”.
  • De todos os títulos seguidos em que poderíamos ter virtualmente aberto posições curtas, o BPI foi aquele que se aproximou mais do valor em que estaria o correspondente stop sem no entanto o ter atingido. Por isso, essa posição virtual pôde passar a efectiva ficando essa posição com um risco mínimo uma vez que estamos colados ao stop para o caso de a especulação anterior falhar.

No fundo não estamos propriamente a quebrar regras; estamos apenas a reinterpretá-las com um risco muito limitado.

Ficamos assim com uma posição longa – a Alcatel, que se tem vindo a aguentar muito bem – e duas posições curtas na carteira – BCP e esta nova no BPI. Veremos como corre já amanhã (ou hoje, dado o adiantado da hora…).

 

Um “short” no BPI fora da caixa

Início de ano

Sem ter tido grande tempo para vir aqui actualizar as entradas e saídas deste início de ano, venho finalmente aqui prestar contas.

Logo no dia 5 de Janeiro tivemos o fecho da meia posição que tínhamos na Infineon a 12,83€.

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Depois de termos fechado a outra metade da posição em Novembro, e vendo o que já caiu desde o fecho total, não foi um mau trade. Até diria que foi exemplar.

Péssimo trade tivemos no BPI (segundo os critérios actuais, não teríamos aberto esta posição). Fecho a 1,00€.

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Entretanto, tivemos uma entrada longa na Alcatel – abertura de meia posição ao atingir máximos de 17 sessões, e restante meia posição no dia seguinte por ter fechado nesse dia acima desse do máximo de 17 sessões. Retraiu, mas entretanto voltou a subir.

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Ontem também tivemos abertura de meia posição na Jerónimo Martins. Deixei a ordem para completar a posição ao preço de fecho de ontem, mas abriu em “gap”. Podia ter esperado que fechasse o “gap” – até porque, nas condições actuais de mercado (muito nervoso) era provável que isso fosse acontecer – mas acabei por abrir a restante meia posição ao preço do início da sessão. Escusado será dizer que já me arrependi…

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Estamos neste momento com 2 posições longas – Jerónimo Martins e Alcatel – e 2 curtas – Sonae SGPS e BCP.

Início de ano

Balanço – Dezembro e balanço de 2015

Acabamos por ter o pior mês de este ano com um rombo de -5,37% na carteira. Acabamos assim o ano com uma rentabilidade de apenas +6,44%.

Este último mês foi uma sucessão de trades falhados, terminando com o fecho da posição longa que detínhamos na Portucel (que acabei por nem dar conta no blog – estava de férias).

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Poderia divagar um pouco sobre o decorrer de 2015, mas penso que tudo se pode resumir a esta imagem…

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Embora desde o início da carteira – 1 de Dezembro de 2014 – tenhamos conseguido manter acima do índice de referência – o PSI20 -, se analisarmos apenas o que se passou durante 2015 veremos que não conseguimos bater o índice, ficando um pouco abaixo (já para não falar no S&P 500 convertido para euros). Batemos apenas o EuroStoxx50.

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Fazendo um balanço ao funcionamento da estratégia, há dois aspectos a reter e a melhorar:

  • O primeiro tem a ver com as posições curtas. Relativamente a este assunto (que já foi discutido), é conhecido como é difícil tirar rentabilidade de posições curtas em acções (factor que está bem explicado e documentado aqui). Daí que já se tenham tomado medidas para reduzir drasticamente o número de posições curtas, e sobretudo passar a usá-las como contrapeso a um grande número de posições longas em carteira (ver plano de trading).
  • O segundo tem a ver com a forma de abertura de posições. Pelas regras que definimos, as entradas são feitas pressupondo um breakout de máximos ou mínimos, utilizando ordens tipo “stop”. Ora, por definição, esses ponto são também pontos de fortes resistências/suportes, e era frustrante muitas vezes ver posições a serem abertas justamente no ponto em que retrocedem. Daí que se tenha pensado em abrir posições só quando houvesse um fecho acima/abaixo dos máximos/mínimos. Por outro lado, há o risco de se perder fortes breakouts que muitas vezes ocorrem. Optou-se então, para este novo ano, por tentar conjugar as duas “lógicas”: passamos a abrir apenas meia posição da forma como fizemos até aqui (ordem “stop”), e só completar essa posição – com mais meia posição – se houver um fecho de sessão acima desse preço (com uma ordem “limit” ao preço de fecho desse dia para o dia seguinte; eventualmente abrir mais acima/abaixo caso o preço comece “a fugir”).

Veremos como corre a coisa neste novo ano. Entretanto, é possível que acrescente mais títulos à lista de títulos a seguir.

Bom 2016!

 

Balanço – Dezembro e balanço de 2015

Stop & Reverse no BPI (já com uma semana de atraso…)

Sem grande tempo para actualizar o blog, venho finalmente dar conta do fecho da posição curta e inversão para posição longa no BPI (a 1,18655€).

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O resultado não tem sido, para já, animador. Mas é deixar seguir.

Por causa de situações como esta, tenho estado a testar, e provavelmente irei adoptar no próximo ano, uma alteração à estratégia: os sinais de entradas e inversão de posição passam a ser consideradas através dos preços de fecho acima ou abaixo das linhas de máximos/mínimos, e não como até aqui, quando os preços perfuram (mesmo que extemporaneamente) as linhas de máximos e mínimos anteriores, respectivamente. Assim, salvo uma ou outra variação que ainda não defini, as entradas deixam de ser feitas por “ordens de stop”. Mas ainda falta decidir detalhes.

Até um próximo post, um bom Natal para todos!

Stop & Reverse no BPI (já com uma semana de atraso…)

Posições longas a esfumarem-se

Ontem foi a Alcatel que abandonou a carteira (a 3,487€) com um pequeno prejuízo.

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Hoje foi a vez de fecharmos metade da posição que tínhamos na Altri (a 4,493€). Abriu em gap pelo que acabou por activar o stop abaixo do preço desejado. No entanto – e daí o gap – tivemos direito ao dividendo distribuído para os detentores deste título.

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Obviamente neste caso acabamos por ter um bom lucro, até porque já tínhamos fechado metade da posição a 5,305€, praticamente em máximos.

Ficamos assim com uma posição longa ainda na Portucel e meia posição longa na Infineon; do lado curto detemos 3 posições: BPI, BCP e Sonae SGPS. Poderão questionar que isso vai contra a adenda à estratégia, definida em 30 de Outubro, uma vez que detemos 3 posições, ou seja uma extra sem que haja 4 posições longas a compensar. Mas embora a regra pareça omissa, ela diz respeito apenas à abertura de posições; ora, a terceira posição curta foi aberta com mais que 4 posições longas em carteira. Não faria agora sentido não deixar correr essa posição tendo aparentemente falhado uma boa parte das posições longas que “justificaram” a sua abertura.

Posições longas a esfumarem-se

Voltamos à “cepa torta”

Com os mercados a lateralizar desta maneira, é difícil fazer melhor numa estratégia de trend following.

Ontem vimos fechadas as posições longas na NOS (a 7,02€, ao atingir mínimos de 3 meses)…

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…e na Jerónimo Martins (a 12,36€).

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Perdas pequenas (1% e 0,7%, respectivamente) mas que vão fazendo mossa.

Ainda por cima, há posições curtas que falham quando delas precisamos, como é o caso do BPI, completamente em contra-ciclo com o resto da banca. Mas… é a vida!

Voltamos à “cepa torta”

Balanço – Novembro 2015

E assim terminamos o primeiro ano de gestão da carteira com uma rentabilidade de 16,86%, onde já estão descontados todos os gastos com a corretora. Não foi, apesar de tudo mau. Mas olhando para trás, sobretudo para a evolução entre Abril e Outubro, ficou claramente a “saber a pouco”. Presumo (tenho quase a certeza) que esta coisa de gerir carteiras é mesmo assim. Mais vale pensar que nenhum depósito a prazo remuneraria melhor que isto. E pelo meio deu para me divertir, confirmar (ou não) algumas ideias e, enfim, aprender alguma coisa.

O mês de Novembro acabou por ser uma mês claramente favorável e veio, em parte, compensar o penoso mês anterior. Deu para confirmar que quando a exposição a acções se dá do lado “longo” as coisas correm com maior suavidade.

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Tendo atingido dois preços alvo em dois títulos em que estávamos “longos” – Altri e Infineon – estamos neste momento com 5 posições longas (na realidade, 4 mais duas meias) contra 3 posições curtas. Segundo as regras recentes – adoptadas relativamente a posições curtas – estamos impedidos de abrir mais posições curtas (coisa que poderíamos ter feito nos CTT).

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Estando agora a iniciar um novo ano, começo a ponderar a presença da Impresa e da Teixeira Duarte na  watchlist da carteira. Trata-se de CFD’s que não são “shortáveis” na GoBulling – o que teria dado imenso jeito nos últimos meses – e por isso têm sido cartas “fora do baralho”. Para além disso, cada vez mais constato que a bolsa portuguesa – tirando meia dúzia de títulos – está quase “morta”. Por isso, pondero vir a substitui-las, ou pelo menos acrescentar à watchlist, títulos de outras bolsas europeias (talvez da bolsa de Amsterdão). Veremos!

 

 

 

 

Balanço – Novembro 2015